Em 2019 uma pesquisa revelou que, em quatro anos, o Brasil perdeu quase 5 milhões de leitores. Isso em um país que já tinha o dado de que, na média entre os leitores, lia-se apenas 4 livros por ano.
Dentre esses mesmos leitores, 22% leem apenas livros religiosos (normalmente apenas a Bíblia), outros 15% dividem-se entre romances e auto-ajuda e a porcentagem restante divide-se entre vários outros gêneros.
A chama ''leitura por entretenimento'' tem decaído em função da escolha de passar mais tempo em apps de vídeos curtos. Há pesquisas que revelam que a população que mais lê ''por distração'', que é a faixa dos 13 aos 30 anos, tem perdido níveis importantes de concentração devido a esses apps.
Com esse cenário poderia parecer redundante falar que os ''bookinfluencers'' são cada vez mais importantes no meio digital, mas não é. Infelizmente a internet não é muito receptiva aos criadores de conteúdo literário. Se o CDC não entra ''nas trends'', seu conteúdo não é entregue. Sem coreografias, sem engajamento. Sem uso de conteúdo apelativos, sem seguidores novos.
Já passou da hora de haver reconhecimento do nicho de leitura e seus CDCs, dando suporte para a criação de conteúdo sem precisar se apoiar em outros nichos para que seja levado para a frente. Isso não existe para os criadores de conteúdo de maquiagem, viagens, moda e outros, então por que deveria haver em um nicho que precisa urgentemente de cada vez mais gente engajada para trazer novos leitores e novos títulos para o Brasil?
Mas é certo que enquanto as marcas não perceberem o potencial economico de divulgar com bookinfluencers, nada será feito.