Imagine esta situação:
Chega um novo briefing de um cliente que te contratou para participar de uma campanha sobre o futuro da alimentação, com objetivo e público-alvo definidos: inspirar jovens da geração Z a imaginarem pratos futuristas e se conectarem com a marca SpaceFood (nome hipotético).
E o formato do conteúdo? Bem, o briefing não determina um em específico, deixa livre para o/a creator escolher, inclusive, sugerindo a possibilidade de ser multiformato e multissensorial.
Se vocês já passaram por essa situação de briefing em aberto e ficaram em dúvida sobre o que levar em consideração na hora de escolher um formato ou mais de conteúdo, a ideia deste post é compartilhar algumas dicas além das orientações mais conhecidas de marketing de conteúdo.
A primeira dica na verdade é uma frase para refletirmos:
Nós, seres humanos, somos, de longe, mais receptivos quando operamos nos cinco sentidos.
Esta foi a conclusão da ideia apresentada por Jinsop Lee, designer industrial e professor, em seu TED sobre Design para todos os 5 sentidos. Ele defende que quanto mais sentidos utilizarmos em uma experiência, melhor ela será. Lee apresenta sua teoria através do Gráfico dos 5 sentidos: ao longo do eixo y, há uma escala de 0 a 10, e ao longo do eixo x, os cinco sentidos. No exemplo a seguir, o gráfico representa os principais sentidos usados para comer macarrão instantâneo e durante uma noite na balada, segundo pesquisa realizada com um grupo de pessoas.
Gráfico apresentado por Lee em seu TED
Resumo: quanto mais sentidos agregarmos ao nosso conteúdo, mais ampla, diversa e memorável será a experiência para quem acompanha e consome nosso conteúdo.
Além disso, potencializamos seu alcance, pois ao apresentar o conteúdo em diferentes formatos, possibilitamos que diferentes perfis de pessoas se engajem.
Fonte: Tem que ter
Visto que há estudos que comprovam que os seres humanos interagem de forma distinta com as informações, alterando seu aprendizado.
Por exemplo, há pessoas que são mais auditivas, preferem consumir conteúdo em áudio, como podcasts, áudio posts/livros, músicas, mas há quem prefira o conteúdo visual, como blog posts, infográficos, gráficos, relatórios, formatos preferidos por pessoas extremamente visuais.
Por fim, existem as pessoas mais cinestésicas, ou seja, aquelas que utilizam muito o tato para acessar as informações, que precisam interagir com o conteúdo. Games, quizzes e enquetes são algumas alternativas de formatos atraentes para esse perfil.
Lembrem-se: nós consumimos conteúdo em diferentes contextos
Por último, é muito importante nos lembrarmos da importância de diversificar nossos formatos de conteúdo e combiná-los para alcançar mais audiência, já que uma mesma pessoa pode consumir conteúdo enquanto pratica exercícios ou dirige, e pode usar diferentes dispositivos no mesmo dia, do celular à Smart TV.
Isso significa que a mesma pessoa pode ter preferências diferentes de formato de conteúdo ao longo do dia, variando conforme suas atividades, hábitos e rotinas.
Multiformato is the New Black!
Retomando ao nosso briefing inicial, em que o cliente deixou em aberto para você decidir qual formato de conteúdo quer usar para falar sobre a alimentação do futuro, que tal propor um projeto de conteúdo multiformato? 😀