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Coronavírus: o impacto da pandemia no cinema

Coronavírus: o impacto da pandemia no cinema
Bruno Faulin
mar. 30 - 4 min de leitura
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Nem mesmo a destreza do agente 007, a agilidade da Mulher-Maravilha e o retorno da Viúva Negra nas telonas poderão ser capazes de salvar o cinema do impacto do novo coronavírus neste ano de 2020. Salas de cinema fechadas, estúdios adiando as estreias de seus blockbusters, gravações de filmes interrompidas e milhares de pessoas sendo dispensadas de suas funções fazem com que Hollywood viva um dos cenários mais sombrios de toda a história da indústria cinematográfica e do entretenimento.

Segundo a Variety, o prejuízo sofrido pelo mercado deve se estender para além deste ano e causar danos inestimáveis ao redor do planeta. Já a revista Hollywood Reporter revela que, mundialmente, estima-se que o cinema deverá perder cerca de US$ 5 bilhões de dólares. Perdas, essas, consequências da queda do mercado chinês, o segundo maior do mundo. No primeiro trimestre deste ano, a China teve que fechar aproximadamente 70 mil salas. Tenso, né?

Com grandes produções milionárias, os blockbusters levam milhares de pessoas para as salas de cinema além de faturarem de diversas formas com os licenciamentos de produtos. No universo da sétima arte, as contratações têm o costume de acontecer apenas para projetos individuais sem qualquer vínculo empregatício. Com os adiamentos e cancelamentos de produções e eventos em decorrência da pandemia da COVID-19, estima-se que mais de 120 mil pessoas tenham perdido seus empregos em todo o mundo.

Entre os mega acontecimentos que sofreram o impacto do corona aparecem o SXSW - um dos dos eventos mais relevantes na cultura e tecnologia dos EUA que acontece no Texas, um importante mercado de filmes,  a CINEMACON, convenção anual, que reúne profissionais do cinema em Las Vegas para a exibição de materiais inéditos de grandes lançamentos do mercado. Já o Festival de Cannes, um dos mais prestigiados e famosos festivais de filmes do mundo, revelou que não irá cancelar a edição deste ano e sim adiá-la, inicialmente para julho, podendo estender esse prazo de acordo com o cenário atual da pandemia.

Assim como o último longa de Daniel Craig na pele de James Bond em 007: Sem Tempo Para Morrer, o comentado live-action de Mulan e a aguardada continuação Um Lugar Silencioso – Parte 2, diversas outras estreias desse ano como Scooby! e Minions 2, também tiveram que ser adiadas. O cinema nacional também foi afetado tendo que segurar o lançamento de A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou meus Pais, filmes baseados no caso Richthofen. Enquanto isso grandes apostas para os próximos anos como Jurassic World 3, The Batman, Matrix 4 e as sequências de Avatar, foram obrigadas e interromper suas produções por conta do COVID-19.

Mas em período de crise o serviço de streaming e VOD (Video on Demand) acabam ganhando destaque já que permitem o lançamento de todos os seus conteúdos em suas plataformas digitais, sem que ninguém precise sair de casa. O problema é que no caso dos blockbusters, imprescindivelmente eles precisam estrear nas grandes salas para que possam recuperar todo o seu grandioso - e caríssimo - investimento.

Fechar os cinemas afeta expositores, funcionários, distribuidoras, fornecedores, anunciantes e até shopping-centers. Mas em um período de crise para todo o mercado do entretenimento a pergunta que surge é: o cinema conseguirá sobreviver a esse impacto sem sofrer grandes perdas? A revista Forbes afirma que sim! A indústria do cinema pode estar na melhor posição para enfrentar o prejuízo causado pelo impacto do novo coronavírus, tendo a possibilidade de recuperar-se mais rapidamente que outros setores abalados pela pandemia.

Com o afastamento das pessoas das salas de cinema é possível que futuramente isso se reverta de forma positiva atraindo ainda mais pessoas interessadas em se entreter após tempos difíceis como os que estamos vivendo. Nesse meio tempo, formas criativas de lidar com essa crise vão desde a procura por cinemas drive-in nos EUA até salas de exibição de filmes on-line. Quem diria! E você, o que acha que vai acontecer com o cinema daqui para a frente?


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