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Pesquisa: Black Influence - Um retrato dos creators pretos do Brasil

Pesquisa: Black Influence - Um retrato dos creators pretos do Brasil
Maria Lúcia Zanutto
set. 10 - 3 min de leitura
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Durante o Youpix Summit 2020, a Squid lançou a primeira pesquisa do Brasil sobre o mercado de influência preta. Aqui, revelamos os principais insights e aprendizados!

Em agosto, Squid, Black Influence, Site Mundo Negro, YOUPIX e Sharp se uniram para realizar a primeira pesquisa do Brasil a fazer um retrato do mercado preto de influência e apontar, com dados, os mecanismos do racismo estrutural que faz com que creators pretos sejam menos valorizados. Os resultados foram apresentados por Lara Lages, da Sharp, e Ricardo Silvestre, da Black Influence, durante o Youpix Summit 2020. 

Com mais de 760 participantes, o estudo buscou entender as interseccionalidades do mercado de influência no Brasil e medir a representatividade e diversidade do mercado de marketing de influência. Do total de respondentes, 57% dos criadores eram brancos, 22% pardos, 17% pretos, 3% amarelos e 1% indígenas*.
 

64% dos criadores pretos não consideram o marketing de influência inclusivo


Participação em campanhas

Cerca de 64% dos respondentes afirmaram que já participaram de campanhas publicitárias. Contudo, ao fazer o recorte por raça, é possível notar que os influenciadores pretos tem menor participação do que as demais. 

Em relação ao tema das ações, os influenciadores pretos são mais contratados para falar sobre questões que abrangem racialidade e temas correlatos.


Valor pago por campanha X raça

Quando questionados sobre receber menos em uma campanha, mesmo tendo a mesma faixa de seguidores e um engajamento igual ou parecido com outro influenciador recrutado, conclui-se que grande parte disse que “Sim” ou “Não sei”. Isso evidencia a desigualdade entre influenciadores de um mesmo escopo. As pessoas que mais responderam “Sim” foram os influenciadores que se consideram pretos.

Os influenciadores brancos recebem, em média, 12% a mais do que os pretos. 


Discurso de ódio

Ao todo, 67% dos participantes afirmaram que não receberam nenhum discurso de ódio. O cenário muda um pouco nas raças preta e indígena, que em torno de 40% responderam que já receberam algum tipo de comentário ofensivo.

Ao entender que tipo de preconceito os creators de pretos mais sofrem, o racismo ocupa a 1ª colocação, com cerca de 60% das respostas.

 

Clique aqui para fazer o donwload da pesquisa completa

 

Agradecimentos especiais: Abner Almiro (@abneralmiro), Gledistone Silva (@eugleidistone), Luana Safire (@luanasafire), Isis Beatriz (@nagonianas) e Stella Yeshua (@stella.yeshua) que contribuíram muito para a elaboração do material.


*Em termos de raça, usamos as categorias estabelecidas pelo IBGE.  

Créditos da imagem: Bruno Vargas

 

 


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