Bastam cinco minutos rolando o seu feed para você se deparar com corpos “perfeitos”, não é mesmo?
Uma geração de lipolad e harmonização facial. Um exército de stormtroopers de pessoas perfeitas e exaustivamente idênticas.
Já perceberam? As pessoas têm ficado cada dia mais iguais fisicamente e mais distantes emocionalmente. E isso é mais grave do que parece!
Mulheres reais, com vidas reais, corpos reais e situações financeiras reais se deparam com esse catálogo de “maravilife” e gatilhos são acionados imediatamente e um processo de auto mutilação se inicia. Medicamentos ilegais, distúrbios alimentares, químicas clandestinas, entre mil tentativas vãs para se aproximar ao máximo daquilo que se é consumido e que gera engajamento.
E aí o casamento frustrado é culpa da minha celulite. O desemprego que mata é culpa do meu cabelo afro. A falta de respeito é culpa do meu corpo que não merece empatia.
NÃO! Chega! Não há saúde mental que não sucumba a tanta pressão. Uma busca que não tem fim!
Precisamos falar de aceitação. De entendimento. De saúde. De despadronização do senso estético! Precisamos olhar pra nós e entender que são nossas particularidades que nos tornam únicos e engrenagens essenciais para o andar dessa carruagem. Precisamos de terapia! E não é vergonha. É lindo cuidar da mente. Precisamos de empatia com o corpo alheio e compaixão com o nosso próprio corpo. Precisamos estar abertos ao diálogo e a revolucionar essa indústria que mata.