O Brasil inteiro tem acompanhado de perto o BBB 22 e as discussões têm tomado as redes sociais. Uma que merece muito destaque, especialmente agora no mês de janeiro, é a representatividade e a visibilidade para pessoas trans.
A participação da cantora Linn da Quebrada no reality mal começou e já gerou uma série de conversas importantes aqui fora, desde como é a realidade de uma artista trans da quebrada até o uso correto de pronomes.
E é justamente sobre isso que queremos falar neste Dia da Visibilidade Trans: como é a realidade desse grupo no mercado de influência brasileiro e que tipos de atitudes devem ser evitadas quando queremos tratar com respeito as outras pessoas. Assim vocês garantem uma educação antes de entrar no maior reality do Brasil. ;)
A realidade trans no Brasil
De acordo com uma pesquisa realizada na América Latina pelo Banco Mundial em 2020, a população transgênero e não-binária já tem mais de 4 milhões de pessoas no nosso país. E, mesmo assim, ainda somos líderes no ranking de países que mais matam pessoas não cis no mundo.
Quando analisamos os índices de homicídios no mesmo ano da pesquisa, foram 175 travestis e mulheres trans assassinados. E isso porque não estamos contando quantas dessas pessoas acabam morrendo de outras causas, pois não se sentem confortáveis ou não têm a abertura para buscar médicos ou hospitais.
Um relatório elaborado pela Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) em 2020 mostra que com a pandemia esse cenário de violência só piorou. As taxas de doenças mentais e de suicídios só aumentaram no período.
Acredito que deu para perceber que a história desse grupo no Brasil ainda envolve muita luta. São milhões de pessoas que ainda não têm acesso a direitos básicos, que não têm segurança, não conseguem encontrar oportunidades de emprego e por consequência são marginalizadas na sociedade.
E será que no mercado de influência é assim tão diferente? Vale fazer uma reflexão.
Não pode mais errar
Apesar de ser uma discussão recente na internet, os pronomes são uma briga muito antiga das pessoas trans e não-binárias. Da mesma forma que um homem cis não gosta de ser tratado no feminino ou uma mulher cis não gosta de ser tratada no masculino, nós enquanto sociedade precisamos parar de assumir os pronomes de alguém apenas pela sua aparência.
Da mesma maneira que você pergunta o nome de alguém, você deve perguntar como ela gostaria de ser tratada. Por mais que pareça óbvio, não custa ser educado.
As próprias redes sociais já fazem muito isso. Agora, no momento de criar seu perfil, algumas plataformas já possibilitam que você identifique quais pronomes você gostaria de ser tratado. E a partir do momento que já sabe que aquela pessoa prefere ser ela, ele, elis ou elus, fica mais fácil.
É uma atitude super simples, mas que faz toda a diferença para a outra pessoa.
E agora queremos saber de vocês! Conhece creators trans com um conteúdo incrível e que merecem muito mais palco? Compartilha aqui nos comentários e vamos falar sobre!