Que Influenciador Digital é um trabalho, todos aqui na #squidapp sabem!
No entanto, por ser uma categoria muito recente, ainda não contamos com um órgão regulamentador, que norteie as diretrizes que devemos seguir; bem como as propostas de trabalho que achamos que podemos receber. E isso deixa qualquer um louco! (Inclusive eu, hahaha...)
Muitas dúvidas habitam a cabeça de um influenciador - principalmente aqueles que estão começando, como: Como cobrar? Quanto cobrar? Devo cobrar? E se eu cobrar, cobro pela minha audiência ou pelo meu número de seguidores? Um Reels vale mais que um carrossel? E um mimo? Merece tanto esforço de trabalho quanto uma permuta? Mas mimo não é permuta? Afinal, o que é permuta? SOCORRO, DEUS!!!
(Me contem outras dúvidas que vocês já tiveram! Vou amar!)
O problema é que, de vez em sempre, 5 em cada 4 influenciadores recebem mensagens do tipo:
"VIMOS O SEU PERFIL E TEMOS UMA PROPOSTA MARAVILHOSA, PRA VOCÊ!" (esse início me mata!); seguida de "você vai receber produto x, paga o frete, e quando chegar, vai fazer 3 blocos com 5 stories de 15 segundos, em dias alternados, 1 reels por semana, mais foto no feed durante 3 meses, e sua comissão será de 10% de tudo o que você conseguir vender..."
Oi? Vender? Como assim, vender? E quando você vai ver o produto... É um "saquinho de balas"! Tu acha que vai valer o seu tempo, esforço, conhecimento, material, dinheiro investido... em toda essa exigência vs. o que vai receber, em troca?
E a coisa piora quando alguém, do nada, viraliza em proporções estratosféricas, sem nenhuma pretenção de trabalhar com a Internet, sem conhecimento sobre a classe, sem preocupação ou cuidado com o conteúdo (quem de nós nunca se sentiu injustiçado, pelo algorítmo? Fala sério! Kkk...) , e essa pessoa passa a aceitar tudo o que aparece pela frente, como forma de "se dar bem", aproveitando o próprio "hype". Isso o leva a acatar formas de pagamento que, às vezes são justas, outras, indecorosas.
Essa falta de direção e regulamentação, no mundo do Marketing de Influência faz com que alguns contratantes não vejam os influenciadores como uma "empresa séria" (porque SIM! Somos a nossa própria empresa de marketing), criando uma deturpação da função, e atribuindo exigências que, para qualquer funcionário de uma empresa de marketing e publicidade, por exemplo, seriam absurdas!
Já imaginou se o Sergio Eleutério, publicitário "Mídia e Marketing" da rede do Mc Donald's, só recebesse pela quantidade de lanches que ELE vendesse? Perceberam o quanto isso soa estranho?
(SIM! Eu sei! Existe a modalidade de "parceria por desempenho", onde uma porcentagem sob a quantidade de vendas feitas, através de um cupom, um link direcional, ou algo do tipo... é destinado ao parceiro contratado, mas esta é uma atribuição do Marketing de Afiliados, e não do Marketing de Influência. E é claro que um influenciador pode aceitar uma proposta de porcentagem de lucros, mas essa é uma conversa para outra hora.)
Voltando ao exemplo do saquinho de balas... Você acha que esse tipo de proposta é enviada por quê? Provavelmente porquê, em algum momento, alguém aceitou.
E é claro que eu não sou ninguém, na fila do pão, para julgar a realidade do outro, sobre a necessidade de trabalho! Mas enquanto não tivermos alguém para dizer às empresas que este tipo de proposta é (no mínimo) indecente, precisamos aprender a valorizar nossa figura de influência, nossa empresa!!
Precisamos analisar, com bastante cuidado e bom senso, todas as propostas que recebemos: para que não venhamos a prejudicar toda uma classe de trabalhadores, inclusive nós mesmos... que damos duro para entregar conteúdos de qualidade e relevância, e que somos constantemente desvalorizados, pois sempre há aquele que se submete às propostas mais escandalosas, sem pensar em o quão auto-sabotador isto possa se tornar.
Nosso trabalho não deve ser um "Topa Tudo por Dinheiro"! Vamos rever os nossos conceitos? Fica aí a reflexão ;)
Beijos da Titia!
@elalves